os sonhos somente são sonhos se esquecidos no sótão.
se saem, são sopros que alcançam o céu em segundos.
quase pássaros, que sobrevoam as pessoas lá de cima.
e que, solidários, lançam sementes ao solo dos mundos.
eu passo e encontro ao chão essas sementes de sonho.
sorrio, silencio, conservo esse sublime estado de graça.
se do céu recebo sementes é pra serem compartilhadas.
e saio, então, de mãos cheias a presentear quem passa.
é assim que os sonhos se esparramam e se reproduzem.
conosco, semeadores simples e de mãos sempre vazias.
os sonhos somente são sonhos se esquecidos no sótão.
se saem, são bênçãos que resultam em frutos e alegrias.