
que vontade de ficar
quando a pressa é de seguir
não importa em que lugar
sem roteiro ou souvenir
o agora não tem preço
faço dele um endereço
- estendo a rede na varanda do tempo -
não me venha perguntar
que eu nem quero responder
já tirei até colar
para nada me prender
o agora não tem ponteiro
é seu próprio paradeiro
- entendo a sede na garganta do tempo -
Escrito a partir de:
vou ficar mais um pouquinho
para ver se eu aprendo alguma coisa
nessa parte do caminho
Tulipa Ruiz, em Efêmera
Onde é que eu atrelo o burro, e que eu desço da sela,
e entrego a rédea a alguém...?
Dalva Maria Ferreira, em Poesias Soltas