assisti inerte à coreografia dos minutos,
que se repete incessante diante de meus olhos
nem sequer provei o ritmo, os pés descalços
mantidos rentes às almofadas de um sofá antigo
é novo não perseguir as horas, deixar que o tempo
aconteça ao fundo de todo o resto
sucederam-se os meses e chegou dezembro,
com suas noites festivas e expectativas
no calendário, inevitavelmente
prosseguirão o espetáculo e a dança
dos bastidores, silenciosamente
observarei a evolução das sombras e luzes
seja feita a Única Vontade
3 comentários:
A todos vocês,
um 2016 iluminado!
Poetisa,
Que em 2016 haja - sempre! cotidianamente! - mais poesia.
Um grande abraço!
Esse foi o ano mais triste da minha vida, porque minha filha mais velha, tua xará, morreu no mês de maio. Assim é, tenho que aceitar o que é.
Em 2016 estamos aqui para poetar. Abraço grande.
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