segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Retrospectiva


assisti inerte à coreografia dos minutos,
que se repete incessante diante de meus olhos

nem sequer provei o ritmo, os pés descalços
mantidos rentes às almofadas de um sofá antigo

é novo não perseguir as horas, deixar que o tempo
aconteça ao fundo de todo o resto

sucederam-se os meses e chegou dezembro,
com suas noites festivas e expectativas

no calendário, inevitavelmente
prosseguirão o espetáculo e a dança

dos bastidores, silenciosamente
observarei a evolução das sombras e luzes

seja feita a Única Vontade


3 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

A todos vocês,
um 2016 iluminado!

Fabrício César Franco disse...

Poetisa,

Que em 2016 haja - sempre! cotidianamente! - mais poesia.

Um grande abraço!

Dalva M. Ferreira disse...

Esse foi o ano mais triste da minha vida, porque minha filha mais velha, tua xará, morreu no mês de maio. Assim é, tenho que aceitar o que é.

Em 2016 estamos aqui para poetar. Abraço grande.