sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Dezembro em nós



sei lá...

Natal e verão
parece que não virão

dezembro passará
sem noite de estrela
e sol vilão

o céu será
todo escuridão
e tempestade

e sem luz e calor
haverá felicidade?

sei não...


Imagem: A noite estrelada, de Vincent van Gogh, 1889.

25 comentários:

O Neto do Herculano disse...

O sol e a alegria com data no calendário nao me aquecem em dezembro. É sempre inverno nesse verão.

Desengavetados disse...

Espero que sim. Ainda que me digam muitos nãos, sou soa esperança e acredito em sims rs.
Bjos!!!

Apareça!

Andréa de Azevedo.

Unknown disse...

Renata!

Maravilha! Eu também estou nessa! Dizem que é para ser FELIZ nessa noite. Não consigo viver dos ditos.

Sei não.....


Beijos

Mirze

Dalva M. Ferreira disse...

Belo poema, Renata, belo trânsito entre as palavras. Mas ô coisinha anacrônica, absurda, esdrúxula e copiona que é esse nosso natal, com neve. A gente aqui assando, fingindo que lá fora a neve cai.Eu prefiro carnaval, apesar dele também estar virando artigo for export. Ah! meus carnavais nos clubes das Gerais...

Pedro disse...

Aceito dispensar o calor de dezembro, mas pagar com o Natal me parece injusto...

Wilson Torres Nanini disse...

A associação com Van Gogh faz seu poema alumbrar.

Abraços!

ítalo puccini disse...

deixa assim, não.

faz com que tenha luz, sim,
esse dezembro, esse natal.

nem que seja luz interior.

tem um pouco do graça lá no um-sentir :)

beijos!

RICARDO disse...

Belas palavras Renata!

Espero que o seu Natal aconteça e aproveito para lhe desejar Boas Festas com muita harmonia e, Principalmente Poesia.

Bjo!

Ana SSK disse...

Se há beleza na dor, deve haver calor no inverno...

Belíssimo.

Valquíria Calado disse...

Olá, vim deixar um carinho de amiga, com abraços de paz, beijos no teu coração.♥

Olavo Bilac

Natal


Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...

Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.

Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,

Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.

FELIZ NATAL!

Adriana Godoy disse...

Renata, embora triste, ainda há calor nesse dezembro, e ainda bem que dias mais amenos virão. Beijo

Tiago Moralles disse...

De uns quatro dezembros pra cá, realmente as coisas parecem não mudar.

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Bela poesia!

Thales Rafael disse...

Angustiante. Me perdi numa dessas noites intermináveis de dezembro onde planejamos o ano que vem e ceiamos uma mesa farta e lá no fundo bate a dúvida de se vamos manter nossas próprias promessas.

E sem luz e calor
Haverá felicidade?

Também não sei. Espero que sim.

Renata de Aragão Lopes disse...

No ano passado,
também escrevi sobre dezembro:
"O princípio do fim".

Agora, ele me veio em nó(s).

Mas confesso: eu AMO esse tempo!
Sem neve, Dalva.
E com dias mais amenos, Dri.
Ainda que angustiante, Thales...

Um grande abraço a todos vocês!

Gustavo disse...

Show de sentimentos e imagem, Renata. Casamento docemente perfeito.

Beijos!

Apfel. disse...

Adorei seu blog, e suas poesias. Li uns quatro posts seus e já me apaixonei. Vou visitar sempre.
Beijos!

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Renata! Passando para te desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, e dizer que adorei o poema. O verão chega amanhã. Rsrs.

Beijos,

Furtado.

Renata de Aragão Lopes disse...

Pablo, muito obrigada pelo comentário!

Apfel, seja bem-vinda ao Doce de Lira! Espero reencontrá-la por aqui!

Rosemildo, retribuo-lhe os votos! Eis o verão! : )

Beijos!

Ricardo Mainieri disse...

Natal verdadeiro não pode passar sem uma boa reflexão. Um saldo, um acerto de contas, uma contabilidade com a vida.
Embora tenha toda esta aproximação com a família e os colegas, de resto, são as garras suaves do consumo ordenando nossa vida.
Belo, sincero e triste poema.
Apesar disso, Feliz Natal procê!

Beijão.

Ricardo Mainieri

Anônimo disse...

Olá Renata,
bonitos versos - o céu será
todo escuridão
e tempestade
parecem-me o verso do quadro.

beijo,
marc

Rosa Carioca disse...

Feliz Natal (independentemente do clima)!

Renata de Aragão Lopes disse...

Ricardo, que essa reflexão nos seja proveitosa!

Marc, este céu de Vincent van Gogh me trouxe os tantos nós de dezembro...

Rosa, igualmente para você!

Beijos!

Sergio disse...

Adorei teu blog e estou te seguindo, caso queira seguir-me também, veja:http://asvozesdomar.blogspot.com/

Feliz Ano Novo!
Abç!
--

Maria Tereza disse...

como sempre, fiquei algum tempo sem vir aqui, mas quando vim adorei o(s) poema(s)! a imagem da tela de Van Gogh então! bjs, flor!