Belo poema, Renata, belo trânsito entre as palavras. Mas ô coisinha anacrônica, absurda, esdrúxula e copiona que é esse nosso natal, com neve. A gente aqui assando, fingindo que lá fora a neve cai.Eu prefiro carnaval, apesar dele também estar virando artigo for export. Ah! meus carnavais nos clubes das Gerais...
Olá, vim deixar um carinho de amiga, com abraços de paz, beijos no teu coração.♥
Olavo Bilac
Natal
Jesus nasceu. Na abóbada infinita Soam cânticos vivos de alegria; E toda a vida universal palpita Dentro daquela pobre estrebaria...
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas No berço humilde em que nasceu Jesus... Mas os pobres trouxeram oferendas Para quem tinha de morrer na cruz.
Sobre a palha, risonho, e iluminado Pelo luar dos olhos de Maria, Vede o Menino-Deus, que está cercado Dos animais da pobre estrebaria.
Não nasceu entre pompas reluzentes; Na humildade e na paz deste lugar, Assim que abriu os olhos inocentes Foi para os pobres seu primeiro olhar.
No entanto, os reis da terra, pecadores, Seguindo a estrela que ao presepe os guia, Vem cobrir de perfumes e de flores O chão daquela pobre estrebaria.
Sobem hinos de amor ao céu profundo; Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal! Sobre esta palha está quem salva o mundo, Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,
Natal! Natal! Em toda a natureza Há sorrisos e cantos, neste dia... Salve Deus da humildade e da pobreza Nascido numa pobre estrebaria.
Angustiante. Me perdi numa dessas noites intermináveis de dezembro onde planejamos o ano que vem e ceiamos uma mesa farta e lá no fundo bate a dúvida de se vamos manter nossas próprias promessas.
Natal verdadeiro não pode passar sem uma boa reflexão. Um saldo, um acerto de contas, uma contabilidade com a vida. Embora tenha toda esta aproximação com a família e os colegas, de resto, são as garras suaves do consumo ordenando nossa vida. Belo, sincero e triste poema. Apesar disso, Feliz Natal procê!
25 comentários:
O sol e a alegria com data no calendário nao me aquecem em dezembro. É sempre inverno nesse verão.
Espero que sim. Ainda que me digam muitos nãos, sou soa esperança e acredito em sims rs.
Bjos!!!
Apareça!
Andréa de Azevedo.
Renata!
Maravilha! Eu também estou nessa! Dizem que é para ser FELIZ nessa noite. Não consigo viver dos ditos.
Sei não.....
Beijos
Mirze
Belo poema, Renata, belo trânsito entre as palavras. Mas ô coisinha anacrônica, absurda, esdrúxula e copiona que é esse nosso natal, com neve. A gente aqui assando, fingindo que lá fora a neve cai.Eu prefiro carnaval, apesar dele também estar virando artigo for export. Ah! meus carnavais nos clubes das Gerais...
Aceito dispensar o calor de dezembro, mas pagar com o Natal me parece injusto...
A associação com Van Gogh faz seu poema alumbrar.
Abraços!
deixa assim, não.
faz com que tenha luz, sim,
esse dezembro, esse natal.
nem que seja luz interior.
tem um pouco do graça lá no um-sentir :)
beijos!
Belas palavras Renata!
Espero que o seu Natal aconteça e aproveito para lhe desejar Boas Festas com muita harmonia e, Principalmente Poesia.
Bjo!
Se há beleza na dor, deve haver calor no inverno...
Belíssimo.
Olá, vim deixar um carinho de amiga, com abraços de paz, beijos no teu coração.♥
Olavo Bilac
Natal
Jesus nasceu. Na abóbada infinita
Soam cânticos vivos de alegria;
E toda a vida universal palpita
Dentro daquela pobre estrebaria...
Não houve sedas, nem cetins, nem rendas
No berço humilde em que nasceu Jesus...
Mas os pobres trouxeram oferendas
Para quem tinha de morrer na cruz.
Sobre a palha, risonho, e iluminado
Pelo luar dos olhos de Maria,
Vede o Menino-Deus, que está cercado
Dos animais da pobre estrebaria.
Não nasceu entre pompas reluzentes;
Na humildade e na paz deste lugar,
Assim que abriu os olhos inocentes
Foi para os pobres seu primeiro olhar.
No entanto, os reis da terra, pecadores,
Seguindo a estrela que ao presepe os guia,
Vem cobrir de perfumes e de flores
O chão daquela pobre estrebaria.
Sobem hinos de amor ao céu profundo;
Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!
Sobre esta palha está quem salva o mundo,
Quem ama os fracos, quem perdoa o mal,
Natal! Natal! Em toda a natureza
Há sorrisos e cantos, neste dia...
Salve Deus da humildade e da pobreza
Nascido numa pobre estrebaria.
FELIZ NATAL!
Renata, embora triste, ainda há calor nesse dezembro, e ainda bem que dias mais amenos virão. Beijo
De uns quatro dezembros pra cá, realmente as coisas parecem não mudar.
Bela poesia!
Angustiante. Me perdi numa dessas noites intermináveis de dezembro onde planejamos o ano que vem e ceiamos uma mesa farta e lá no fundo bate a dúvida de se vamos manter nossas próprias promessas.
E sem luz e calor
Haverá felicidade?
Também não sei. Espero que sim.
No ano passado,
também escrevi sobre dezembro:
"O princípio do fim".
Agora, ele me veio em nó(s).
Mas confesso: eu AMO esse tempo!
Sem neve, Dalva.
E com dias mais amenos, Dri.
Ainda que angustiante, Thales...
Um grande abraço a todos vocês!
Show de sentimentos e imagem, Renata. Casamento docemente perfeito.
Beijos!
Adorei seu blog, e suas poesias. Li uns quatro posts seus e já me apaixonei. Vou visitar sempre.
Beijos!
Olá Renata! Passando para te desejar um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo, e dizer que adorei o poema. O verão chega amanhã. Rsrs.
Beijos,
Furtado.
Pablo, muito obrigada pelo comentário!
Apfel, seja bem-vinda ao Doce de Lira! Espero reencontrá-la por aqui!
Rosemildo, retribuo-lhe os votos! Eis o verão! : )
Beijos!
Natal verdadeiro não pode passar sem uma boa reflexão. Um saldo, um acerto de contas, uma contabilidade com a vida.
Embora tenha toda esta aproximação com a família e os colegas, de resto, são as garras suaves do consumo ordenando nossa vida.
Belo, sincero e triste poema.
Apesar disso, Feliz Natal procê!
Beijão.
Ricardo Mainieri
Olá Renata,
bonitos versos - o céu será
todo escuridão
e tempestade
parecem-me o verso do quadro.
beijo,
marc
Feliz Natal (independentemente do clima)!
Ricardo, que essa reflexão nos seja proveitosa!
Marc, este céu de Vincent van Gogh me trouxe os tantos nós de dezembro...
Rosa, igualmente para você!
Beijos!
Adorei teu blog e estou te seguindo, caso queira seguir-me também, veja:http://asvozesdomar.blogspot.com/
Feliz Ano Novo!
Abç!
--
como sempre, fiquei algum tempo sem vir aqui, mas quando vim adorei o(s) poema(s)! a imagem da tela de Van Gogh então! bjs, flor!
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