corpo algum ressuscita.
os mortos permanecerão mortos
independentemente de homenagens e visitas.
mas as cinzas falam.
e denunciam o que ninguém quer ouvir.
há mais festas e fogos,
carnavais e jogos
que labor por aqui.
a autoridade viaja,
a vigilância adormece,
o proprietário enriquece:
a fatalidade data de alguns anos.
indolente,
o governo apaga incêndios
e paga perdas e danos.
Escrito a partir desta notícia sobre o incêndio em Santa Maria/RS.
10 comentários:
Triste.
Tua voz, teu poema duro e triste e real é preciso.
Renatinha minha prima, perfeitooo!!! Bjosss
Érica
Perfeito Rê. Bjosss
A pura e dura realidade. :(
Renata, grandes verdades, que explicam nossa dor aqui no sul.
Um abração.
Absurdo, puro absurdo.
Dói só de saber, imaginem os pais que perderam seus filhos.
Renata,
Essa poesia sobre a tragédia de Santa Maria é muita expressiva, sem ser piegas. Que mundo, hem amiga?
abrs
E, se não há ordem, como podemos querer progresso?
Muito bem pensado e melhor ainda escrito!
Milhões de beijos
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