ela achava prazer uma palavra
indecente.
e foi isso que me ensinou:
a indiferença dos olhos,
a amargura da boca,
a obstrução dos poros.
desobedeci:
lambi com os olhos,
explorei com a boca,
gozei com os poros.
eu acho prazer uma verdade
indecente.
Escrito a partir de uma conversa com Rizza Riizza,
autora dos dois primeiros versos.
7 comentários:
Que descoberta: dente-de-leão é também conhecido como amor-dos-homens.
Renata,
Eu já ia comentar a sua escolha de ilustração, quando vi seu comentário. E que delícia (perdão pelo lugar-comum) ler um novo texto seu.
Beijo!
lindo Renata!
adorei a evolução do poema, de como ele se torna sutilmente, carnal e prazeroso... sem jamais perder a delicadeza das imagens poéticas.
Um prazer, define.
Fabrício e João, leitores queridos... Muito obrigada pelos registros. Abração!
e que vivam as indecências silábicas, salivares
beijo
uau!
transgredir com doçura
é uma doce transgressão
...
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