domingo, 3 de novembro de 2013

Croqui


a grafite
escrevo teu nome
no canson branco
e o circulo
pra te retratar
inacessível.

o desenho
ainda incompleto
e quase manco
já pressente
ser o nosso encontro
pouco provável.

por isso não sofro:
empunho o grafite
e te sei impossível.

por isso não choro:
pra que marca d'água
em papel descartável?

verdade:
perspectiva,
se consiste na razão das distâncias,
é o contrário de saudade.



Escrito a pedido de Rizza Riizza,
autora dos três últimos versos.

Imagem: croqui de Oscar Niemeyer.

8 comentários:

Renata de Aragão Lopes disse...

Poema por encomenda.
Obrigada pelo pedido, Rizza!

Fabrício César Franco disse...

Uau!

Um poema a quatro mãos nem sempre é algo de fácil digestão, nem mesmo fácil composição. Mas com o talento das duas, ficou ótimo! Bravo!

Amanda Machado disse...

Belo resultado. Lindo, lindo! ;)

Amarildo Ferreira disse...

Belíssimo poema.

Dalva M. Ferreira disse...

Será? A fila anda, mas às vezes desanda...

Resquícios disse...

Vivi distancias, Mas desde o dia 10/12/13 não mais. Reencontro.

Lindo Poema.!

Resquícios disse...

Vivi distancias. Mas desde 10/12/13 não mais. Reencontro. =)

Lindo Poema.

Resquícios disse...

Vivi distancias, mas desde 10/12/2013 não mais. Reencontro. =)

Lindo poema.