sexta-feira, 7 de março de 2014
Rapunzel
Inicie a música antes da leitura.
eu sou
essa mulher
no alto da torre.
que o escolheu e lhe
ofereceu as longas tranças
pra que subisse e a encontrasse.
a caminhar distraído, você foi laçado.
sem saber o que o esperava. sem sequer
desconfiar do que lhe viria depois dos cabelos.
não lhe dei escolha. você teve de subir e escorregar,
subir e escorregar. subir e escorregar tantas vezes quantos
fossem os seus medos. de altura, de tontura, de devaneio. hoje,
eu o vejo da torre à metade do caminho. ainda perdido, desajeitado,
quase aflito. as tranças retas, você insiste em sabê-las curvas. eu espero.
eu esperei a vida inteira. sei que, um dia, terei a cabeça leve e a nuca livre.
e desceremos da torre juntos, finalmente de mãos dadas. degrau por degrau.
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11 comentários:
Coisa
mais linda!
Por hoje, por isto,
não terei(quase mais)
medo de devaneio!Feliz dia!
Maravilha de torre e tranças que você nos mostrou em versos delicadamente fortes!
Beijo!
Abandone o medo, Paulo Rogério. Creio que lhe fará muito bem. =)
Que bom que gostou da torre, Ana Paula!
Obrigada a ambos pela leitura e pela gentileza do comentário. Beijos!
Dá sempre medo, tanto de subir à torre, como de descer dela... Mas essa torre ficou muito boa, não dá medo algum de a ler!
Abraço
Construção e ritmo soberbos.
Poetisa,
Se antes, ficava entretido com o conteúdo, agora é a forma que me seduz (também). Gostei deveras!
Abraço!
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Renata, tudo que você escreve tem conteúdo, sentido, ritmo e, agora, tem também forma, parabéns!
Maravilhosa,
sem comentários, linda linda linda.
tesoura
Trazer a cabeça leve
e a nuca livre
é também o que cabe à Rapunzel.
Um abraço e parabéns pelo belo texto, Renata : )
Ana Rosa Vidigal
Caramba! Vc é boa...
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