um verbo se despe
porque a ação se insinua.
o infinitivo a surgir
do infinito feito lua.
o sujeito oculto
quase vulto
apenas murmura:
varamos a tarde
sem alarde
com a língua crua.
despiu-se o verbo
sem nenhum pudor
ou censura.
a palavra
pra ser amor
se faz nua.
Fotografia de Felipe Saleme.
5 comentários:
Lindo! Como sempre.
Muita cumplicidade com as palavras!
Olá Renata! Belo poema! Pequeno na estrutura, porém gigante na profundidade.
Beijos e uma ótima semana para ti e para os teus.
Furtado.
Poetisa,
... O final é arrebatador!!!
Beijo!
Levando suas palavrinhas para passear no meu cantinho Renata! :)
http://jasonjrcajazeir.blogspot.com.br/2015/04/passeandando-por-ai-c.html
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