quinta-feira, 16 de abril de 2015

Mudo

 
há um não dito naquilo que me diz
o segredo é grito detido à garganta
enquanto não puser os pingos nos is
eu farei a leitura que hoje me espanta
 
coração é solo de um campo minado
um passo em falso e o amor se despedaça
seu silêncio mantém o mapa guardado
meus pés titubeiam temendo a desgraça
 
a verdade é bem-vinda ainda que doa
o que a boca confessa a alma perdoa
pra que entre nós estratégias de guerra?
a verdade que é dita a si mesmo enterra 
 

3 comentários:

Fabrício César Franco disse...

Poetisa,

Fiquei sem saber, ao fim: há perdão, ou fica ainda uma réstia de rancor no que (não)foi dito?

De todo modo, um poema de várias (intensas)leituras.

Beijo!

Unknown disse...

thank you

سعودي اوتو

Dalva M. Ferreira disse...

É só musicar e sair cantando...