domingo, 30 de agosto de 2015

O invisível


não é azul o azul que vês.
aquela nuvem que voa
não é nuvem.
só há céu no véu
que veste teus olhos.
azul e nuvem como
verdades em relevo.
despe os olhos
pr'além da janela.
não existem olhos,
não existe janela.
nua, a verdade
perde molduras.
e é azul o azul que vês.
e é nuvem aquela
nuvem que voa.
o céu são teus olhos.



Aos amigos Dani e André.
Imagem: La cle' des champs, de R. Magritte.

3 comentários:

Brunno Lopez disse...

Mais uma arte, das suas obras. Mais uma obra, das suas artes.

Unknown disse...

Nossa, Rê, agora quem pude ler com calma. A poesia ficou realmente linda.

Caroline disse...

Linda poesia!