esqueça os olhos pra me olhar.
as pupilas, de tão meninas,
sequer avistam aonde deve chegar.
esqueça a língua pra me beijar.
as papilas, à superfície,
jamais alcançam o que pode provar.
esqueça o papel pra me falar.
os papiros e hieróglifos
ocultam o que anseiam revelar.
esqueça-se de si pra me amar.
as pepitas, leves e raras,
não sabem que valem para brilhar.
2 comentários:
Renata, poetisa:
Gostei bastante do jogo de palavras. Aliás, como de sempre.
Que haja mais deles.
Um abraço!
Belíssimo poema! O segundo verso de cada estrofe se encaixa perfeitamente ao todo do poema. Parabéns!
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