terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Sombrio


eu sempre espero

e porque sempre espero
já esqueci o porquê da espera

as coisas são assim: perdem-se
quando não encontradas

entre o sonho e a quimera
há só duas polegadas

se o que espero vier um dia
será tarde muito tarde

onde pus a lamparina
que tanto ardia e não mais arde?


3 comentários:

Arte & Emoções disse...

Olá Renata! Passando para te cumprimentar e apreciar mais uma das tuas belas criações.

beijos e muita paz para ti e para os teus.

Furtado.

Fabrício César Franco disse...

Poetisa,

Por vezes, frases lapidares são encontradas, tais como gemas raras, em meio aos seus poemas. Dessa vez: "as coisas são assim: perdem-se quando não encontradas". Cabe tanta interpretação aqui, tanta coisa vivenciada (ou apenas, imaginada). Daqueles poemas para a gente meditar no que lê...

Beijo!

Dalva M. Ferreira disse...

Típico! Um daqueles...