sábado, 12 de dezembro de 2009

O princípio do fim



Se bem
me lembro,

dezembro
é neblina

que vem
e passa,

mas embaça
a retina;

é nuvem
baixa,

à faixa
dos olhos,

a pedir
uma prece,

pois que desce
com o céu:

Seu berço,
meu terço,
o véu.



Para Marcelo Novaes,
em um diálogo subliminar
com os poemas intrigantes que publica
em O lugar que importa.

48 comentários:

nydia bonetti disse...

Lindíssimo, Renata. Acho que o mais bonito dos teus que já li por aqui. Tantos dezembros...

Beijos!

Unknown disse...

Poema lindissimo,singelo mas com um recado enorme.


"O ano passou num abrir e fechar de olhos"

Beijo.

Breve Leonardo disse...

[o corpo envolto na neblina, esconde-se, mostrando ao esplendor do mundo, o seu próprio rascunho; diria, aroma, odor]


um imenso abraço, Renata
a onda que toca a tua margem, tocará este lado do ribeiro atlântico, em inspiração... assim creio!

Leonardo B.

Unknown disse...

Muito belo o teu dezembro, véu que instiga, descortina. Abraço.

Marcelo Mayer disse...

e um sorriso beijado!

Marcelo Novaes disse...

Renata,




Essa época do ano
[e há tais épocas]
explicita luzes e
névoas.



Esse é um poema muito belo! Só pela forma como vc o fez, eu já consigo divisar o "início da dissipação da neblina".



Ou "O Princípio do Fim".






Beijos, e obrigado por ser tão presente nos tais diálogos (sublimes ou subliminares) comigo.




Gosto muito de vc!







Marcelo.

Lara Amaral disse...

Perfeito esse poema!
Trouxe-me à tona várias lembranças do ano, assim como faz dezembro, descendo o seu véu que nos faz duvidar se tudo aquilo foi realmente o que vivenciamos.

Eu adorei, imagina o homenageado?

Beijos.

Wanderley Elian Lima disse...

Adoro esse jogo de palavras soltas.
Bjs

Pessoa número 7 disse...

Poxa! Gostei do poema!
Que legal que tu caiu por lá! Ele é novo, passei só pra algumas amigas por enquanto! Sou novata em maquilagem, hehe
Tenho um blog de poemas também!
Gostei dos teus! São simples e doces! ^^

Obrigada pela visita!

Solange Maia disse...

ah... como as palavras dançam em suas mãos...

e, dezembro por aqui vem e passa com delicadeza e maestria...

lindo de morrer.

beijo carinhoso

Lathife Cordeiro {..aquela} disse...

Pode-se passar imune a quase todos os meses. Mas nunca a dezembro.

bjs e bom mês :*

Anônimo disse...

Renanta, realmente dezembro é um mês inspirador, tem a mesma quantidade de dias da maioria do ano, mas é incrível como cabem todos eles nesse mês e ainda podemos acrescentar os desejos do ano que virá :)

Adorei seu poema, como sempre um jogo de palavras muito agradável, muito musical, parabéns!

Beijos!

Daiana Costa disse...

Dezembro é mesmo o principio do meu fim, assim que chega o dia 17 e vou envelhecendo conforme o tempo passe (:

Sonia Schmorantz disse...

Esta troca com Marcelo ficou ótima...
beijos, lindo domingo

Dalva M. Ferreira disse...

Primeiramente, obrigada pela visita ao meu blog de poesia, e pelas tuas gentis palavras. Segundamente, quero dizer que você escreve deliciosamente bem! Beijão.

marcia szajnbok disse...

depois do fim
vem o começo
depois
do começo vem o fim
depois vem
o começo
depois

... muito bonito, renata
beijo

Adriana Godoy disse...

Renata, um belíssimo diálogo com M.N.. Aplausos. Bj

Raskólhnikov disse...

rs

Tiago Moralles disse...

A paz do céu.
Um poema com sons de sinais.
Branco de neve.
E ilusão brasileira.
Lindo e suave.

Anônimo disse...

sinto me bem aqui.
adorei atão perfeitinho as palavras se unem como pedacinhos de um quebra cabeça adoro oque vejo aqui.

J.F. de Souza disse...

Uau! Lindo! =)

Talita Prates disse...

Vocês dois, num diálogo?
É alegria demais para o meu coração,
prazer imenso para os meus olhos,
lirismo extremo para a minha alma poética!

Bjo, querida amiga!

:)

J.F. de Souza disse...

Bom... É que, se tiver afim de participar do nosso Amigo Poético, é só até terça-feira.

E seria legal se vc participasse. =)

=*

Anônimo disse...

Enxerguei perfeitamente.
Mais um dezembro para uns. Menos um para outros.

[ rod ] ® disse...

poesia doce num semblante nobre... onde o que ilumina são seus gestos de puro deleite... perfeito moça.

Moni Saraiva disse...

Lindo diálogo poético, Rê.
Lindas cortinas de dezembro...

Beijos!

Anônimo disse...

Rê... a névoa brinca de esconde-esconde com as luzes de natal.

Um beijo

Luciane Slomka disse...

Quanto tempo eu não vinha nessa confeitaria! Estava de dieta... :)
Lindo o poema. Dezembro é sempre começo...meses são só começos de novos dias.
Adoro aqui.
Beijo!

Sabrina Davanzo disse...

Renata, fazia tempo que eu não passava por aqui.Confesso que sua confeitaria continua uma delícia e irrestível. Parabéns pelas publicações!
Beijos,

Sabrina

Renata de Aragão Lopes disse...

Obrigada
a todos vocês
que vieram comentar
sobre o mês de dezembro!

É uma época
que, realmente,
parece abalar a maioria,
seja pelas lembranças,
seja pelo novo ano
que se anuncia...

Um agradecimento especial
ao escritor Marcelo Novaes,
que, mesmo à distância
e de forma tão sutil,
soube perceber
minhas inquietações
e me sugerir
que as visse
como meras nuvens:
passageiras que são...

Recebam,
verdadeiramente,
o meu carinho!

Concha disse...

Poema lindo,sentido, que até dá vontade de chorar!!!
Adorei.
Vou passear por aqui.
Já agora,agradeço a visita ao meu cantinho, onde eu faço a minha psicanálise, e me sinto saudávelmente melhor pessoa.

Ariane Rodrigues disse...

teus poemas que muito contêm
sempre convêm
sempre volto com um pouco mais além

este fica entre meus preferidos

bjos

Espaço do João disse...

Olá Renata.
Eu estou mais virado para a prosa do que para a poesia.Assim sendo leva isto contigo

Que hei-de dizer
Sem nada fazer
Mesmo sem poder
Consegui escrever

Poema lido
Não esquecido
Mesmo ferido
bem redigido.


Este é para ti. Uma beijoca. João

Gisa disse...

... é, dezembro o mês da neblina, da chuva, cor cinza... o fim de um ano inicio de sonhos... amei seu popema.

bjs e uma ótima semana.

Lai Paiva disse...

Sabe essas leituras que afagam a alma? É esta. Lindo. Gostei muito Renata. Bjs

Batom e poesias disse...

Renata,

Dezembro, se bem me lembro é tempo de fazemos o balancete dos erros e acertos.

É quando tentamos encontrar em nós a solidariedade que deixamos escorrer por inúmeras oportunidades, durante o ano inteiro.

Que se dissipem as nuvens e que o céu se abra deixando transparecer o brilho da estrela amorosa que finaliza a dor e anuncia o recomeço.

Um beijo ilumindado.

Rossana

Gisa disse...

Lindo poema Renata, realmente dezembro se tornou o princípio do fim. rs

Obrigada pela visita.
bjka

Mário Liz disse...

Renata, você não concorda que a fé tem muitas vezes algo de ... "eu duvido, tu duvidas, ele duvida ... nós acreditamos ... " ?

é bastante complexo tocar nestes assuntos, contudo, a complexidade é tão grande quanto o "instigar" que ele nos causa.

lembrei-me do poema Cruz e Souza, devido às imagens de névoa, véu ... tudo remetendo ao branco.

lindíssimo poema. Bravo!

Mauro Castro disse...

Dia desses, levei em meu táxi uma mineira que estava montando um time de futebol, aqui em Porto Alegre. Roubou as chuteiras do marido e foi à luta...mineiras.
Há braços!!

Caio Rudá de Oliveira disse...

Reconforta. Sem mais...

Anônimo disse...

Adorei seu blog. serei mais um seguidor.

Renata de Aragão Lopes disse...

Mais uma vez,
obrigada a todos vocês
pela leitura e comentário!

Mário Liz,
que terna lembrança
sua referência a Cruz e Souza...

E como disse a Rossana,
"que se dissipem as nuvens"! : )

Mil beijos!

Ianê Mello disse...

Parabéns pelo belo poema!

O Marcelo Novaes tem essa vocação para gerar diálogos subliminares, pois realmente seus escritos nos levam à profunda reflexão e são altamente inspiradores.

Dá uma espiadinha no meu blog. Tenho dois poemas postados lá decorrentes desse mesmo fato.

Grande beijo.

Salomão Sousa disse...

Versão teen:

Para sair a vinha ao fundo
a guria se curva para a foto
Ninguém liga pro sol
só pro cacho de duas uvas

Renata de Aragão Lopes disse...

Ianê Mello, assim que puder, visitarei o seu blog para conhecer os poemas! : )

Salomão Souza, seja bem-vindo ao doce de lira! Espero reencontrá-lo por aqui!

Beijos!

BAR DO BARDO disse...

Muito, muito bom!

José Miguel de Oliveira disse...

Você escreve muito bem. parabéns deste poeta do outro lado do atlântico.

Renata de Aragão Lopes disse...

Bardo, a repetição do advérbio me deixou lisonjeada...

José Miguel de Oliveira, que prazer recebê-lo de tão longe! Espero que retorne à minha confeitaria poética! : )

Um grande abraço a ambos!