Se te sou motivode desagrado,porque vivoa te pedirpalavrasde apaixonado,por que te manténs,com tantos poréns,enfim,ao meu lado?É assimque amoe bem conheciasesses meus modosde século antepassado:o apego às poesias,o apreço pelo fado,o sossego das mãosem repousono avesso do bordado.Vazias,mas sempre ao aguardode um afagomais que querido,tido por inesperado,que te ponhasa meus pésrendidoe em minhas fronhasenamorado...Imagem: A Girl Reading in a Sailing Boat,de Alfred Chantrey Corbould, 1869.
Sobretudo à crítica,é imprescindível educação._ Narra o jogo, Galvão!
---------------faço-me-------------novelo de lã-----------teço-me casulo-----de modo que toda manhã-------chamam-me ao lençol-----------pra beber o sol----------------engulo-------------------e-------------------m--------------x-í-c-a-r-a-------------------d-------------------e-------------------a-------------------s-------------------aDurante leituras de Leminski.
Antes que te vás, merecidamente em paz,para conheceres os tantos saberes que nos são dormentes em vida,permite-me, por obséquio, uma tão breve despedida,que não ousaria atrasar-te a ida.Segue, homem, com toda honraria e haste à Ilha Desconhecida,consternada te digo, pois deixaste cada obra tuacomo que autografada comigo."todas as ilhas, mesmo as conhecidas,são desconhecidas enquanto não desembarcamos nelas"O Conto da Ilha Desconhecida
cortina cerradaa pálpebra enceradaas lágrimas secas
noitede estrelassem letrastudocomo gostariaum romancemudocom a poesia
Chamem-me de patriotaà vontade.Eu amoonde nasci.É daquiminha naturalidade.Distante,estou fora d'água,com a mágoade minha falanão ser boao bastante.Meu chão é este,em que pisoe me pronuncio,em que não precisodo desvioda língua e origem:palavra,paladar,papel moeda,lugare bandeira.Meus olhos,alhures,a tudo corrigem.Sou de almabrasileira.
Seráessa maniade revirar tudotão feminina,porque,um dia,toda meninabrinca de casinhae faxina?