segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O amor e o amor do outro



Eu também
não amo
melhor
nem pior
do que ninguém.

Amo como sei.
Nem do jeito
que aprendi,
mas sim
de como inventei.

Um amor
cujo fim
seja sempre possível,
queira Deus
improvável.

Um amor
que a mim
pareça infalível
e à poesia,
quase inefável.

É assim
que eu amo:
com lábios e língua,
hálito, saliva
e todos os dentes.

Desde que o outro
não me deixe
à míngua,
que só há amores
se equivalentes.


Escrito a partir de O amor e o outro, de Affonso Romano de Sant'Anna.

42 comentários:

ANGELICA LINS disse...

Aprendi a amar tatuando as vontades da alma no corpo.

Teu poema ficou incrível!
Suavemente forte =)

Beijos

Bia disse...

E eu amo AMANDO....deixando acontecer e fluir...sem regras...e para cada novo amor, há uma fórmula deliciosamente diferente de amar!
Saudades de seu cantinho!
Beijos com carinho,
Bia

IVANCEZAR disse...

Individualmente amando, ama-se o coletivo , ama-se a vida. O amor pelo subjetivo foco, mira sempre valores múltiplos. Belo poema !

Desengavetados disse...

Aprendi que o meu amor, nem sempre é o mesmo que o amor do outro. Embora, aconteça raramente a equivalência e se porventura houver não devemos deixá-lo escapar.

"Desde que o outro
não me deixe
à míngua,
que só há amores
se equivalentes."

Aí é que ta, estou em busca dessa equivalência a tempos ...rs com o coração é difícil ser racional, há um risco de ficar à mingua.
boa reflexão! Bjos!
Andréa.

Adriana Godoy disse...

Bela reflexão. beijo

Domingos Barroso disse...

É amor genuíno
de cada noite
e de cada dia.
Até parece próprio
mas é plural
em sua vastidão.

Conseguiste
mais que um poema:
a proeza do que se diz
(em silêncio) o corpo
à alma.

Carinhoso beijo.

BAR DO BARDO disse...

boa música

parabéns!

Pérola Anjos disse...

Dois corações em cada um. Corações que viram apenas um e bate por dois. Tem que haver cumplicidade. Entrega. Doação. Transplante de coração pra coração e arrepios...

Lindo, lindo!

Beijos!

eduarda cazé. disse...

UM amor, achamos de montes, mas agora, O amor, é tão complicado de achar...

Unknown disse...

Lindo e REAL!

Assim também penso, Talita.

A vida ensina que somos nós a própria domadora dos tons e sons do amor que habita em nós. E você colocou de um modo claro e fantástico!

Beijos

Mirze

Riva disse...

Amorosa pérola que adorei. Tens a doçura nos verbos. Meu carinho.

Valéria lima disse...

Agora sim, já refeita do momento extasiante que me proporcionara agora a pouco com essa linhas (tentarei) comentar.

Você que cujo dom é nos oferecer o sabor das palavras e das frases através de seus textos agora nos brinda com o puro gozo ao descrever tão sublime poema.

BeijooO*

Juan Moravagine Carneiro disse...

belo escrito

abraço

Anônimo disse...

Sua poesia equivale a um amor que dá gosto em sentir.

Beijo.

Ira Buscacio disse...

Renata,

E bem verdade que cada um tem seu jeito próprio de amar, mas pra ser possível, a equivalência é necessária.
Adorei.
Bj

Wanderley Elian Lima disse...

O amor não tem fórmula, cada um ama a seu jeito. Qualquer forma de amar vela a pena.
Bjux

Andreia Hernandes disse...

Lindo texto!
Muito corpo e muita alma, andando juntos, como o amor.

Ivete Lopes disse...

Queria agradecer a gentileza do seu comentário em meu blog, fiquei muito feliz.Foi um prazer.
Queria dizer, que ter a capacidade de amar já é uma dádiva, então que seja do jeito que for, será sempre um delícia...

Márcio Ahimsa disse...

amo como passarinho:
é um desespero
de alçar voo,
e quando em pleno ar,
uma leveza em forma
de equilibrio
passando por baixo
das asas em forma de vendo.
A liberdade, quando
compartilhada em forma
de respeito, é a melhor
aeroporto de acolher
o pouso de um amor.

Beijo, essa eu achei maravilhosa, uma coisa de Cecília Meireles, nem sei explicar, mas não é, é poesia de Renata...

Anônimo disse...

re, O AMOR È LINDO!!!!!!!!!
sem comentários

tesoura

Anônimo disse...

re, O AMOR È LINDO!!!!!!!!!
sem comentários

tesoura

Talita Prates disse...

inventar o amor,
inventar a dor,
inventar a verdade,
inventar a vida!

sigamos...

Maravilhoso poema, Re.

Um bjo,

Tatá.

Milene Lima disse...

"Qualquer maneira de amor vale amar...", assim disse Milton Nascimento.

E viva o amor, sempre, em todas as nuances!

Boa semana pra ti,
beijos.

MariaIvone disse...

Mais um doce de lira. Excelente confecção!

Beijos, Renata
MariaIvone

Solange Maia disse...

Renata...

desta vez muitas palavras... todas lindas, conjugadas no amor, esse que a gente deseja para a vida toda...

você sempre me deixa boquiaberta...

vim, para deixar um beijo carinhoso e contar que ando ensaiando uma volta... e saio daqui absolutamente enriquecida de suas letras...


você é você !
única.
linda.

fantástico, viu ?!

beijo carinhoso

dade amorim disse...

Perfeito, Renata! Muito bom mesmo.
Um beijo.

Lucão disse...

Mto bom, Renata.
Equivalentes é o ponto certo.

é mto bom ler seus versos.
o ritmo sempre conduz a leitura de um jeito bem envolvente.

:)

beijos

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Encantador REnata, encantador teus versos!

Anny disse...

Sobre o amor é sempre possível descobrir palavras, encontrar poemas. Feitos ou por fazer...
Suas palavras são perfeitas para construir um. Parabéns!

Amanda Cecilia disse...

Gostei muito do que escreveu.
O amor é vasto e infinito, dele nascem poemas e mais poesias. rs. Abraço!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

obrigada pela visita.

tambem voce tem um espaço muito agradavél.

um dia feliz

Ana Echabe disse...

Bem...
amor não nasce feito
Se faz
E quando percebemos de nossas potencialidades como sujeitos criadores
abrimos um leque de possibilidades da inúmeras formas de amar a cada individuo, apartir de si.
Só sei amar amando.

Bjinhos

Edu disse...

Realmente, muito bonito!

Lívea Colares disse...

Que legal, assim como as pessoas são diferentes as suas formas de encarar o amor também são!!

Marcelo Novaes disse...

Renata,



Muito bom o texto! A questão parece ser esta mesmo: a da certa "proporcionalidade" ou "relativa equivalência" entre os "tons de amar" de um e outro. Às vezes, há complementariedade, algumas [as]simetrias, contrariedades, etc. As balanças são individuais e intransferíveis.










Um beijo.

Érica Amorim disse...

Tua poesia é maravilhosamente linda! Parabéns!

tôte seguindo prapoder voltar mais vezes.

bjon

Jeferson Cardoso disse...

A realização do amor realmente depende da cumplicidade do sentimento, porém há de se recordar os amores sorrateiros que se alojam no peito indefeso e ali moram sem licença, em solidão, em silêncio.

Abraço do Jefhcardoso que lhe convida ao http://jefhcardoso.blogspot.com

Nadine Granad disse...

Muito gostoso de ler!...
Melhor ainda de sentir!...

Adorei... amemos cada qual a seu modo ;)

Beijos Lira-doce =)

LARISSA MIRANDA disse...

Cada um com o seu jeitinho, né?
Beijo grande!

Moni Saraiva disse...

Coisa mais perfeita!

"Amo como sei.
Nem do jeito
que aprendi,
mas sim
de como inventei."

Bem assim: o amor é pra todos,
mas é de cada um!

Beijos, minha querida!

Wagner Kern Velasques Jr. disse...

Eu amo sem esperar ser amado. E é assim que tem que ser. Adorei seu blog e vou voltar mais vezes.

Abs

Tania Anjos disse...

Super bonito, Renata.

Passa sua verdade lírica com segurança e ousadia.

Bjs!