sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Exaustão



tenho andado cansada
de tantas pedras na estrada:
ao meio,
às margens,
em planaltos
e vargens,
reais
ou miragens

tenho andado cansada
de minhas pernas na estrada:
com câimbra,
dormência,
dor
e ardência,
ânsia
e urgência

e não há chegada?
é sem fim
essa estrada?

tenho andada cansada
[de mim]


Escrito em 14 de setembro de 2010.

33 comentários:

Julia disse...

Em dias de pedra, é preciso ser mar...

Beijos

ANGELICA LINS disse...

As vezes ficamos assim, cansadas de quase tudo. Respire fundo e logo tudo estará bem.


Beijo

RICARDO disse...

Prezada Renata

Você pode até estar cansada, mas eu jamais me cansarei de apreciar suas poesias.

Um beijo deste seu descansado admirador.

Emilene Lopes disse...

Até no enfado o poeta grafa vociferando a alma, isso que fizeste.

Bjinhos

Mila

Renata de Aragão Lopes disse...

J., maré cheia!

Angélica Lins, oxigênio!

Ricardo, muito obrigada!

Mila Lopes, poeta não descansa...

Beijo a cada um de vocês!

Jessy disse...

E que seja então sem fim
Pois vai poder fazer das pedras aprendizados
Quando as pernas não aguentarem virão a frente motivações para levantar-se e seguir adiante.. eu penso assim.
Quando estiver cansada de si, surprenda-se !

BeijosEstalados!

Riva disse...

Só espero que cansaços de letras, não cheguem nunca. Meu carinho pra você.

ítalo puccini disse...

o cansaço é meu também. acho que de todos nós.

ficou maravilhoso!

beijos!

Tiago Moralles disse...

De nós.
Linda como sempre.

Renata de Aragão Lopes disse...

Jessy Rodrigues, entusiasmo!

Riva, muito obrigada pelo carinho! São as letras, escritas ou pronunciadas, que sempre nos reanimam!

Íta** e Tiago Moralles, cansaço compartilhado...

Beijos!

Úrsula Avner disse...

Oi Renata, tenho me sentido bem assim ultimamente... Preciso de férias logo e de cuidar mais de minhas urgências... Bj.

Unknown disse...

Renata!

Descanse, porque eu não estou nem ficarei cansada de te ler.

Beijos, doce poetisa!

Mirze

Raven disse...

Você me lembrou Fernando Pessoa, agora, com o "cansaço da alma"...

Anônimo disse...

Exausta e com saudades de mim, às vezes a gente se esconde...

Beijo, Rê.

Zaraminko disse...

Nossa, que alegria encontrar seu blog por acaso!! É tudo muito lindo, a começar por você! Parabéns pelos belíssimos textos! Voltarei sempre!
Me visite também ! bj http://odesdezaraminko.blogspot.com/

guru martins disse...

...uma paradinha tática
uma dormidinha
profunda e reparadora
restaura a bioquímica
melhora a fé na vida
e no futuro
vai por mim...

bj

Anônimo disse...

lindinha, cadê o pique
estrelas não cansam nunca, brilham sem cessar.
bjs tesoura.

Gabriela Marques de Omena disse...

Mas de nós não há fim de estrada. As vezes também quero fugir de mim...

Um beijo
ótima semana,
adorei teu dom de poetisa, admiro isso, o dom de dizer cantando.

Barbara C disse...

Estrada sem fim. Estrada que cansa. Estrada onde só pode-se ir em frente se voltar pra trás sentido único.


bjs

MariaIvone disse...

A vida, por vezes, nos tráz esses cansaços. Mas de tanto usada a estrada torna-se macia e as pedras se alisam.

Beijos, poeta!

Didi Barata disse...

Certa de que as cores
transfomarão seu olhar em jardim
pedras serão enfeites
belas flores eternas
cristalizadas assim.

(bebo um pouco daquele veneno, rs, mas não estou poetando... juro! É só um pouco de rimas e metáforas! A Poetisa aqui é você, linda Rerrê.
Beijos,
Didi

Andreia Hernandes disse...

As pedras no meio do caminho, Renata, são inevitáveis, e necessárias, para nosso aprendizado diário, para nos fortalecer.

Lindo texto, como sempre.

Pedro disse...

As melhores estradas são as cujo fim não conhecemos. A previsibilidade cansa.

mural do ajosan disse...

Cara poetisa, fechaste com chave de ouro este teu lindo poema; parabéns.

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

tenho essa sensação às vezes... :/

mas, de tanto andar, sempre passa. :)

beso

José María Souza Costa disse...

Eu não tenho andado cansado dos blogues que leio. E olha que são muitos. Nem das poesias dos meua amigos.Nem do perfume das flores de Abril.
Mas, tenho andado cansado da Anarquia que acontece Brasil afora.
O seu blog, é fenomenal. Estou lhe convidando a visitar o meu blog, e se possivel seguirmos juntos por eles. Estarei grato esperando por vc, lá
Abraços.

Renata de Aragão Lopes disse...

Que estímulo em cada um dos comentários!

Um beijo a todos vocês!

Lua Nova disse...

Quando o cansaço é de nós mesmos, difícil se esconder...
Moça, vc é maravilhosa e jamais me cansarei de ler o que vc escreve e admirá-la pela beleza e maturidade da sua alma.
Beijokas e um gostoso fds.

m. disse...

gostei do blog. seguindo.

Andrea de Godoy Neto disse...

Renata, o bom mesmo é a estrada, nem sempre a chegada. Quando as pernas não derem conta, descansa ou abre as asas e voa, depois retoma a caminhada apreciando até as pedras da estrada, elas têm seu valor :)

poema lindo, bem construído!

beijos

Dalva M. Ferreira disse...

Isso mesmo, Renata: esses igarapés e igapós da vida é que transformam a viagem num intrincado quebracabeças. Não conseguimos navegar em linha reta, e vamos enroscando pelos barrancos da vida. Haja!

Maurélio disse...

As andanças pelos caminhos da vida nos cansa, então voejemos belo pássaro em busca do paraíso.
Bjss

Sândrio cândido. disse...

ja dizia o poeta: no meio do caminho tinha uma pedra.