terça-feira, 22 de junho de 2010

Inverno



---------------faço-me
-------------novelo de lã
-----------teço-me casulo
-----de modo que toda manhã
-------chamam-me ao lençol
-----------pra beber o sol
----------------engulo

-------------------e
-------------------m
--------------x-í-c-a-r-a
-------------------d
-------------------e
-------------------a
-------------------s
-------------------a


Durante leituras de Leminski.

41 comentários:

Ribeiro Pedreira disse...

alado lençol de lã
xícara-casulo

Myrela disse...

Este símbolo além de forte é inconfundível... belas palavras femininas! ♀♀♀♀

Anônimo disse...

Xícara que voa, enquanto o vapor envolve no casulo feito de lençol.

Lindo poema, e com inspiração nesse poeta, então ;)

Beijo!

Rafaelle Benevides disse...

Gosto deste tipo de poesia. Parabéns pelo blog e obrigada pela visita.

Talita Prates disse...

Leminski é sempre inspirador!

Adorei o que saiu da tua leitura, querida! Lindo!

Um bjo,

Tatá.

Wanderley Elian Lima disse...

Adoro Leminski, o poeta maldito.
Bjs

Tiago Moralles disse...

Esquenta por dentro e por fora.

Daniel Gralewski disse...

Se o inverno mineiro inspira desse jeito, imagina um inverno no sul!

Frio é vinho,
Frio é meia colorida no pé, luvas impedindo a mão de sentir,
Frio é banho fervendo,
É o calor da alma aquecendo dois corpos.

Sol disse...

delicado e perfumado..
bjs.

Marcelo Novaes disse...

Renata,


Bem encolhidinha e, depois, desperta!


:)



Beijo.

Unknown disse...

Lindo poema!

Renata, Leminski, pode ter dado a inspiração, mas o poema e a ação foi refletida por você.

Admiro-a muito!

Beijos

Mirze

Raven disse...

Xícaras que voam me lembram o chá do Chapeleiro Louco.

Gostei! :0)

Esquadros disse...

Amei o seu Comentario la no Blog, costumo prestigiar meus amigos da Blogsfera e vejo que temos muito de parecido o gosto pela poesia...e por Leminski...

beijinhos

Prisci

ítalo puccini disse...

leminski inspira mesmo tudo que ´ha de bom!

ficaram lindos esses versos!

beijo!

Andrea de Godoy Neto disse...

Que lindo poema, Renata!
palavras inspiradas e uma fantástica xícada de asa...que voa...

beijo

Roberto Costa Carvalho disse...

Ah,Doce Lira, que se faz novelo de lã e se tece casulo, bebendo o sol em xícara de asa!... Será que, depois, seguiria mesmo para o "rio do mistério"?
Seu lindo poema é muito poderoso.

Bjs.

PS. A propósito, obrigado por sua visita. Ela foi muito importante.

líria porto disse...

que lindo!
leminski é mesmo inspirador.

besos

Zélia Guardiano disse...

Lindíssimo, Renata!
Lindíssimo e leve: uma pluma...
Adorei (para dizer pouco)...
Grande abraço!

Adriana Godoy disse...

Leminsk te bateu bem...beijo.

Marcantonio disse...

Lã, manhã, sol e asa, palavras sem hibernação.

Abraço.

Nadine Granad disse...

Leminski...
Ah, belo!
Gostei demais do seu brincar ;)

Abraços carinhosos =)

Andrea disse...

Interessante, Renata!
Tb amo Leminsk. O trabalho dele com hacais é genial.
Mas essa sua poesia me parece, uma poesia concreta.
Tenho uma poesia concreta assim no meu blog, que se chama, Cascata.
Acho que vc conhece...
Enfim, a leitura desta sua poesia me parece muito agradável e respira conforme a estação. Aliás, penso que vc sabe ser temática aqui no blog sem ao menos falhar.
Adorei!

Ahh. já ia me esquecendo.
Preciso teclar com vc fora daqui da página, pode por favor me passar seu email? É importante.

Grata!

Andréa.(blog desengavetados)

Luria Corrêa disse...

adorei :)

Érica Ferro disse...

Asas e sol... existe uma ligação forte entre essas duas coisas.

Obrigada pela visita.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Confesso que nunca vi tanta profundidade em tão poucas palavras.

Beijos e ótimo São João.

Furtado.

Nayara Maia disse...

Nesse friozinho, nada melhor que aquecer-se nas suas palavras!

Beijos!

Braulio Pereira disse...

obrigado pela ternura

beijos!!

Anônimo disse...

acho que vou seguir os teus conselhos,e parar de sonhar,começando a viver.

Belo poema.
(:

PERPLEXIDADE disse...

AI QUE LINDEZA... QUE DELÍCIA... PERFEITO!!
:)

Lunna Guedes disse...

O outono acabou e dizem que o inverno chegou, mas onde anda o cachecol de lã? rs
Bacio

Carolina de Castro disse...

Alem de quentinha vc vai ficar aconchegante!!
Casulinho de lã!
beijao

Renata de Aragão Lopes disse...

Queridos,
muito grata por cada comentário!

Amei as variadas leituras
que fizeram de meu "Inverno":

lençol alado,
símbolo de Vênus,

Chapeleiro Louco
rumo ao rio do mistério,

versos em plumas,
palavras sem hibernação.

Um abraço muito especial a todos!

Ester disse...

Que maravilhoso poema! Assimetria perfeita entrelaço de sentimento e levesa,

amei.

Anônimo disse...

Renata, muito bom, que diálogo gostoso com a poética de Leminski, ficou lindo!

Dessa sua xícara transborda poesia pelas bordas ;)

Beijos,
Geraldo.

Caio Rudá de Oliveira disse...

Ler Leminski é fazer fervilhar poemas na cabeça. Muito bom!

Beijos.

Sylvia Araujo disse...

Beber o sol em xícara de asa faz o pé sair do chão.

Que lindo...

Beijo, Renata!

Ricardo Mainieri disse...

Leminski e seu minimalismo exato.
Lembrei-me de uma de suas poesias:

"Acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido"

Gostei de tua incursão por esta área.

Beijão.

Ricardo Mainieri

Joop Zand disse...

Hello Renata

nice blog......i Like it very much.

warm greetings, Joop ( Hollanda )

Renata de Aragão Lopes disse...

Tagskie, thanks for your visit!

Ester, a suposta forma de um casulo!

Geraldo de Barros, que bom que apreciou "Inverno"!

Caio Rudá, que comentário mais oportuno!

Sylvia Araújo, voemos...

Ricardo Mainieri, "minimalismo exato" repleto de significados.

Joop Zand, come back ever!

Kisses! : )

Maurélio disse...

Leminski é um dos meus preferidos.
Quanta inspiração Renata,magníficos e criativos versos.
Abraços ternos, boa noite.

Cria disse...

Primoroso, Poeta amiga ! Amei teu espaço ! Voltarei ! Beijo, lindo fim-de-semana.