sexta-feira, 23 de julho de 2010

Na balança



oscilo
entre o que é
e o que suponho,
realidade
e sonho,
lucidez
e devaneio

titubeio
entre o que vejo
e o que imagino,
desejo
e desatino,
cupidez
e desprezo

à falta de um contrapeso


49 comentários:

Lucão disse...

Não disse?
puro talento.
Seus versos são ótimos.
Métrica, ritmo e a escolha das palavras parece que feita letra por letra.
:)
Gosto mas não é de hoje.
beijos, poeta!

nydia bonetti disse...

mas é mesmo difícil manter esta balança equilibrada... sobretudo para os poetas - independente do contra peso. :) lindo renata. beijoos

tonholiveira disse...



Balançando na corda do espetáculo/VIDA!

Sol disse...

acabou meu estoque de elogios pra ti..rs
ler vc, é como abrir os olhos ao acordar..

bjs.Sol

Maria Tereza disse...

Adoro a sonoridade dos teus poemas! =)

Barbara C disse...

O mundo sempre tem dois lados.

é preciso um contrapeso para saber o que melhor a se fazer.

Beijos

Renata de Aragão Lopes disse...

Lucão, Solange e Maria Tereza, muito grata pela admiração explícita! : )

Nydia Bonetti, o equilíbrio nos seria possível?

Tonholiveira, estamos todos em um constante vai-e-vém!

Barbara C, o mundo é que teria dois lados?

Beijos doces de lira pra vocês!

Talita Prates disse...

e não é de oscilação
que a vida se faz?

inclusive no seu contraponto direto
: morte?

gostei de pensar contigo, Re.

um bjo,

Tatá.

Jéssyca Carvalho disse...

Ah, é bem assim mesmo, oscilamos o tempo todo, entre tantas coisas...
Pequeninas ou grandiosas, tudo nos cauda desequilíbrio nessa maluca balança da vida.
Mas é aí mesmo que está a beleza.
O que seria da vida se existisse um contrapeso?
O que seria de nós e de nosso poder de escolha, se a balança fosse digital?
às vezes as coisas mais difíceis são também mais divertidas! hihi'

Adorei teu texto, ele me fez pensar! Obrigada!

Beijos*'

Renata de Aragão Lopes disse...

Tatá Prates, obrigada por refletir comigo! Irretocável o seu comentário...

Jéssyca Carvalho, também adorei o que você disse: "o que seria de nós e de nosso poder de escolha, se a balança fosse digital?"

Um beijo, meninas! : )

Márcia de Albuquerque Alves disse...

Realmente vivo nessa tentativa de equilibrio, tentando achar o meio-termo da vida. bjsssss

Eraldo Paulino disse...

É impressionante a simplicidade com que voce escreve coisas lindas. simplesmente lindo!

Bjs!

RICARDO disse...

"A poesia
é um contrapeso
à monotonia."

Renata

Neste quesito(poesia), com toda sua sutileza, talento e sensibilidade és "peso pesado".
Desequilibrado te leio e vibro(oscilando entre razão e emoção).

Beijo
Ricardo

Renata de Aragão Lopes disse...

Albuq, sempre insistiremos nas tentativas...

Eraldo Paulino, é exatamente isso que valorizo nas pessoas, vida e poesia: simplicidade. Muito obrigada por apreciar minha produção literária!

Ricardo, esteja certo de que guardarei suas palavras como um valioso presente!

Abraços apertados!

MariaIvone disse...

Muito bonito o que escreve e como o escreve.
Gosto de te ler!

Bjos

Fabio Rocha disse...

Retrato móvel de um início de amor... Muito bom! Beijos

Luiza Maciel Nogueira disse...

como oscilamos tantas vezes seguidas, desprezos e despedidas. lindo poema.
Beijos!

Anônimo disse...

Quanta verdade em tão poucas palavras.

A vida é assim mesmo, repleta de contrapesos

Renata de Aragão Lopes disse...

Maria Ivone, que bom que gosta daqui!

Fábio Rocha, que leitura tão peculiar do poema!

Luiza Maciel Nogueira, oscilamos a todo tempo...

Pablo Rocha, a vida nos põe "na balança"!

Beijos!

Domingos Barroso disse...

Mas quando a margem sentida
também se observa a leveza
das margens (opostas?)...

Carinhoso abraço.

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Renata,
Dois pesos, todas as medidas: tua poesia mais que direita, mais que direta...
Juris poetandi...

Abraço jurispoético,
Pedro Ramúcio.

Ava disse...

Renata, esse oscilar entre o supomos e o que sonhamos...

Isso é o que nos mantém na tona... Senão afogamos nas águas fundas da vida...


Beijos e carinhos meus!

Anônimo disse...

Vc nos descreveu, Renata, poetas, observadores, nos encaixamos nisso. Que forma sutil e delicada de dizer, bem própria de vc, moça!

Beijos.

Tatá R. da S. disse...

Precisamos dos dois, do real e do imaginário.
Muito bom. Gostei da sua escrita. =)
E obrigada pela visita. ^^
Beijo.

Mary Pereira disse...

"titubeio
entre o que vejo
e o que imagino"
Entre o real e o imaginário...

Lindo, Renata! E não é isso que fazemos a maior parte do tempo?
Esse trecho encosta no meu último texto, sobre o nomear e o sentido.

Beijo!

Jorge Sader Filho disse...

Verdade, Renata.
Não é nada fácil equilibrar-se num mundo cinzento como o de hoje.

Carinho,
Jorge

Flávia disse...

Indo...

Vindo...

Indo...

Vindo...

Entre o que é, de fato, e entre o que é, de escolha.

Vei ver, é assim mesmo que deve ser. Contrapesos demais desarranjam a métrica da vida.

Beijo!

Nadine Granad disse...

... que o contrapeso não venha!...
Sempre a jogar com as palavras livremente... e sentido?! Tantos...
Adoro!

Abraços carinhosos =)

Gerana Damulakis disse...

Movimento, tantas vezes pendular. É isso e muito bem dito.

Andrea de Godoy Neto disse...

Renata, também penso que descreveste-nos. Afinal, o que é a vida senão isso e aquilo, os dois lados, o chão e as alturas?
Não gosto de contrapesos, eles nos prende, nos mantêm estáticos

lindo poema

beijos

Adriana Godoy disse...

Aplausos, sem titubeios! Beijo

guru martins disse...

...isso aí!!
tem que sonhar
pra acordar...

bj

Moni Saraiva disse...

Seria o equilíbrio
o caminho mais desejado?
Tão bom
quando pendemos pra um lado
crendo ser acertado...

Viver é isso: render-se ao risco!

Lindo, lindo, Rê...

Ótima semana pra ti, querida!

Dani disse...

o bom é poder ser livre para conhecer os dois lados e escolher o que nos faz bem.

linda poesia.

:)

Pedro disse...

Nem tudo se equilibra.

G I L B E R T O disse...

Renata

Ma ra vi lho so!

Poema denso e cheio de sensibilidade!

E o que está contido por trás dele é ainda mais denso do que salta nas saliências protuberantes!

Belissimo!

Estejas bem!

Dani Brito disse...

Oi Re! Obrigada pela sua visita, viu?! Adorei
As coisas são tão incertas quando colocamos na balança, principalmente comparando o real do sonho...
Beijocas

Batom e poesias disse...

Menina, a libriana sou eu!!!

Vou roubar para mim de tanto que gostei...
:)
bj
Rossana

Moisés de Carvalho disse...

maravilha de texto .
seus escritos tem qualidade...!

amei visita-la de novo !

um grande beijo!

Anna Flávia disse...

Gosto de poemas assim. :)

E estou nessa balança tb... Beijo.

Trupe por Um Fio disse...

A vida as vezes parece um constante desequilíbrio...Gostei mt do poema, e do seu blog. Obrigada pela visita ao meu moça... Virei seguidora do seu. Acho que escrever poemas é um ofício dos mais pesados, e que expõe demais. Admiro quem o consegue fazer com tanta classe. Abraço

Mari disse...

é muito bom oscilar entre um verso e outro nesse poema...
Lindo!

Te adicionei no meu novo blog:
www.look-like-art.blogspot.com.

Beijos

Mari disse...

é muito bom oscilar entre um verso e outro nesse poema...
Lindo!

Te adicionei no meu novo blog:
www.look-like-art.blogspot.com.

Beijos

Unknown disse...

e quantas vezes esse contrapeso falta...

Kenia Santos disse...

falta o contrapeso, mas a leveza o dispensa inúmeras vezes.

Lindo Renata. =*

Sândrio cândido. disse...

todos nós oscilamos entre o devaneio e a realidade...ainda bem, senão serimos pobres realistas tristes com a vida tal como ela é.

Anônimo disse...

Eu diria que não é tão difícil fazer prosa. Mas pra fazer poesia tem que ter talento e você tem! Parabéns!

Felicidade Clandestina disse...

oscilações do-eu...



gosto dos teus versos doce-de-lira.

Renata de Aragão Lopes disse...

Meu agradecimento a todos
que visitaram o doce de lira
e deixaram seu comentário
"Na balança"!

Beijos!