sábado, 5 de setembro de 2009

Elementar



De que é feito o poeta?

De matéria
etérea
ou concreta?

Do fato
que vivencia
ou da utopia
que projeta?

Ele é feito
de sopro
ou de barro?

Ele habita
o corpo
ou a alma?

O poeta levita
ou mergulha?

A escrita
lhe é fagulha
ou despiste?

O poeta acredita
que existe?


56 comentários:

Lara Amaral disse...

Boas perguntas...
Um pouco de cada coisa que as pessoas devem sentir ao tentarem colocar em palavras o mundo que observam.
Muito legal, Renata!
Beijos!

Sonia Schmorantz disse...

Perfeito!
beijo, lindo final de semana

Elaine Crespo disse...

Renata !

Adoro poesias e esta é muito linda!

Gostaria de me desculpar e ao mesmo tempo explicar a você a minha falta de comentários no seu blog! Quando vou postar coloco os post no Blog e vou me deitar! Coloco Maximo de posts possíveis, pois pode ser que no dia seguinte minha saúde não me permita postar!
Leio os post de todos mais se parar para comentar não Dara tempo para terminar minhas postagens porque não posso passar tanto tempo no computador!
O resto do dia o ele fica para pesquisa e uso de meus dois filhos!
Não pense que é negligência visito a todos e amo cada blog de minhas listas e os seus donos!!

Um ótimo Fim de semana prolongado!

Um beijo grande
Elaine

Layla Barlavento disse...

Olá!
Obrigada pelo convite e pela visita! Aqui é tão bom que não dá vontade de sair mais! Quanto a sua pergunta: poeta pode ser feito do que desejar com amor. Seres que põe em letras o que a alma lhes diz são simplesmente sublimes.
Volte ao meu hospício sempre que desejar! De minha parte saiba que já estou ficando por aqui!

Beijos na Alma
Layla Barlavento
http://culpadowalter.blogspot.com

BAR DO BARDO disse...

Rê, eu não conseguiria responder a nehuma delas. Mas será que são aquelas ditas perguntas retóricas???

Beijo!

Adriana Godoy disse...

Acho que de tudo isso, Renata. O poeta acredita que existe, o problema é com os outros...Beijo.

Impasse Livre disse...

O poeta é feito de essência humana misturada ao sobrenatural intelectual que permeia a lma e o ser. O poeta não é concreto , é inexato. O poeta é desperto, e não é chato. O poeta é semente a semear. È palavra a aflorar. È espécime a rarear . O poeta inato, escreve o sensato insesato. e desponta do anonimato rumo ao estrelato. Do ceú ele não cai, oleitor ele atrai. Chuva fina que se esvai, o quente das sensações ele atrai. O poeta? se ele existe? eu não sei? só sei que nada sei1 beijos, bom sabado pra ti, adorável!

Marcelo Novaes disse...

Renata,


Teu quebra-cabeças une folha e céu...



O poeta não despista tanto assim. Mesmo que queira. Como já dizia o Poeta: ele finge, mas o que deveras sente.






Beijos,









Marcelo.

Renata de Aragão Lopes disse...

Sim, Lara: um pouco de cada coisa (de cada elemento)...

Obrigada, Sônia! Lindo fim de semana prolongado pra você também!

Elaine, nem precisava se justificar, querida... Muita saúde pra você!

Layla, obrigada por retribuir a visita! Que bom que sentiu vontade de ficar por aqui! : )

Elementar, meu caro Bardo! (risos) Fico feliz a cada comentário seu.

Perspicaz, Adriana: "o problema é com os outros"...

Leandro, embarcou na minha viagem! (risos) Obrigada.

Marcelo, o quebra-cabeças une folha, céu, fogo e água. E o poema ainda cita o éter. Verdade: não despistamos tanto assim... : )

Um beijo pra cada!

Cadinho RoCo disse...

Haverá definição que dimensione o poeta?
Cadinho RoCo

Paulo Rogério disse...

Às vezes também me faço essas perguntas... Tenho que me abstrair de mim sem deixar de ser eu mesmo. O bom poeta consegue passar alguma coisa para o papel. O que é o ideal. Mas nem sempre o necessário. Há-os que sequer escrevem... rsss.

L.C. disse...

Renata!

Obrigada pelo convite, adorei aqui! Obrigada por passar por lá tbm... estou mesmo a pouco tempo como blogueira, mas já gosto muito! Sempre amei escrever.. encaro como meu refúgio! rs...

Um bjo.. bom feriado!!! Visite mais tá?!
bjs

Priscila Rôde disse...

Obrigada pela visita!
O poeta.. dificil descrever!
Sentí - lo é mais fácil!

Adorei!

Caio Rudá de Oliveira disse...

Engraçado. Mais cedo pensava um pouco sobre o poeta. Não adianto aqui porque vai virar poesia, rere.

O poeta é um monte de coisas.

Úrsula Avner disse...

Oi Renata, o poeta é e representa tudo isso que você versejou e muito mais. Bonito texto com indagações poéticas. Um abraço.

Anônimo disse...

Renata, só posso dizer uma coisa: Eu gostaria de ter escrito isto!

Parece-me que as perguntas não foram feitas na busca de respostas que o próprio poeta conhece bem, mas para provocar a reflexão de quem o lê ou escuta.

Muito lindo poeta, aplaudo de pé!

Beijos mil

Ariadna Garibaldi

NDORETTO disse...

_______Credo ( risos!) Você escreve muito bem!!! Um escândalo literário,pronto. Sem quebrar ovos! rsrsrsr_
bjs
Neusa

Lai Paiva disse...

Renata, muito bom. Nos deixa reflexivos acerca das perguntas. Mais uma vez vc foi muito feliz em sua escrita. Bj

Solange Maia disse...

ah... esse poeta que habita em cada um de nós...

traduzí-lo ?

não... seria subtrair...

Adorei. Você rege com muito talento as palavras Renata.... fica tudo lindo demais....

Beijooooo

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

uau!
ótimas indagações; ótimas rimas; ótimo poema!

o poeta (tb) é esse: aquele q nada sabe!

beijos

Lualves disse...

Re,

O Poeta sou eu... quando me transformo em algodão-doce...

Vamos tomar um Café Comverso?

bjo

Renata de Aragão Lopes disse...

Cadinho, você acrescentou mais uma interrogação ao poema! : )

Paulo Rogério, bem-vindo à confeitaria! Você citou algo muito importante: a capacidade de abstração do poeta. Obrigada pelo comentário!

Lívia, fiquei feliz por haver retribuído a visita! Mantenhamos contato, sim!

Priscila, que bom que adorou! : )

Caio, você nos deixou na expectativa... (risos) Visitarei seu blog para conhecer sua opinião!

Úrsula, obrigada pela presença constante no doce de lira! Não sabe o quanto isso me agrada!

Foi no alvo, Ariadna! O poeta conhece bem as respostas... Daí a segunda razão para a escolha do título "Elementar"! Obrigada, novamente, querida, pelos aplausos!

Neusa, que alegria me veio das suas palavras: "Você escreve muito bem!!! Um escândalo literário, pronto." Passarei o domingo inteiro realizada! : )

Lai, obrigada por mais uma visita! Espero que a reflexão sugerida alcance todos os leitores!

Solange, suas palavras também me puseram um largo sorriso no rosto! Adoro que traga eucaliptos para a confeitaria! : )

Rafaela, muito grata por seu "uau"! (risos) Sempre que o utilizo, é por haver apreciado imensamente o que li. Deduzi que lhe aconteceu o mesmo. Que bom!

Lualves, Café Comverso ao fim do domingo: combinado! : )

Um abração a todos vocês!

Anônimo disse...

de que é feito o universo ,a estrela o céu
de que é feita a almofada,areia
e cereja então
junte tudo some uma pitada de sal
talvés seja feito disso o poeta

Talita Prates disse...

Abusada que sou
arrisco respostas
às perguntas sem respostas.
...

O poeta é feito de humanidade extrema,
numa junção de espírito e matéria,
barro e sopro,
experiência e sonho;
intercala céu e inferno como moradas,
escreve para viver,
escreve para morrer a vida que o oprime.
O poeta acredita que existe:
a palavra.
E isso é tudo
e suficiente para ele.

Bjo, amiga.
:)

nydia bonetti disse...

Renata

Tenho um poema em que pergunto: O que nos faz poetas? E a conclusão que chego: o que nos faz poetas é a solidão. Será?

Só sei que adoramos perguntar. Não é? rss

beijos.

Caio Rudá de Oliveira disse...

A honra é minha!

Bem, o poema deve sair em meados dessa semana. Às vezes da idéia ao ato leva algum tempo, no meu caso.

Depois de escrever aqueles últimos versos, fiquei com um certo receio de ser recriminado pela visão um tanto depreciativa da velhice. Ainda bem que, como poeta, você sabe que é dado a nós sermos tantos em um só. Nesse poema me deixei levar por ele mesmo. Geralmente quando termino um, vou à caça de uma imagem. Esse último, porém, nasceu do quadro que já conhecia a achava fascinante. Deve ter vindo direto do inconsciente, hehe. Curioso é que eu tenha de alguma forma criado essa visão, sendo que meu último livro lido foi Memória de minhas putas tristes, a deliciosa narração que te apresenta uma terceira idade bem distinta do que está no imaginário coletivo da gente.

Renata de Aragão Lopes disse...

Mateus, resolveu arriscar uma "receita"? Obrigada pela leitura e pelo comentário!

Talita, você tem licença para abusar no doce de lira! (risos) Gostei muito do que disse! "O poeta acredita que existe: a palavra." Isso é matéria-prima para outro poema! : )

Nydia, sou fascinada pela solidão! É um dos temas que mais me abalam - e insistem. Talvez você tenha, realmente, alguma razão...

Caio, que delicadeza a sua... Veio esclarecer aqui um poema que comentei em seu blog! Entendo perfeitamente que o tenha escrito "com outros olhos". E permanecerei na expectativa do que escreverá durante esta semana! : )

Um beijo, queridos!

cirandeira disse...

Olá "confeiteira". Chego por aqui para agradecer a "visita" que me fizeste, e encontro um certo clima
de debate sobre o quê seria o poeta...!? Não gosto muito de definições, de rótulos substantivados e/ou adjetivados.
Os poetas são a sua poesia, e antes
dela...SOMOS TODOS HUMANOS, simples mortais. Mas a poesia é IMORTAL!
Adorei conhecer teu espaço. Voltarei brevemente para saborear com mais vagar "os doces" de tua confeitaria...
Bom feriado
Bjs

Igor Mascarenhas disse...

Acredito que um poeta seria alguém que faz perguntas, escreve aquela resposta que incomoda, que talvez esteja errada. Mas eu acredito que uma característica é sempre vista nos poetas. A loucura de acreditar na vida.

Amei sua poesia.
Seu blog já esta nos meus favoritos.

Bom feriado

Lualves disse...

Re,

Postei uma recomendaçao ao Doce de Lira no Cafecomverso.

Adoro isso aqui.

Lualves

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

sim, correta a interpretação interjeitiva, Renata! rs

besos o/

shintoni disse...

Renata:
Retribuindo a visita ao Duelos Literários, vim visitar você. Seu blog é de muito bom gosto! Você é muito inspirada! Pena que não poderá participar do Tema do Mês conosco... Mas esteja convidada a participar com qualquer publicação sempre que quiser.
Postei seu simpático recado no Duelos hoje, para que todos possam lê-lo e conhecê-la.
Valeu mesmo pela visita!
Abração e ótima semana!

shintoni disse...

Renata:
Já estou seguindo!
Você é muito boa poetisa!
Abração!

Felipe MK disse...

Obrigado pela visita querida!

Deus a abençoe e te dê uma boa semana!!!

Renata de Aragão Lopes disse...

Cirandeira, Rafaela e Felipe, muito grata pelas visitas e comentários!

Igor, que bom que gostou da minha poesia! Obrigada por colocar o doce de lira entre seus favoritos!

Lualves, você me fez uma surpresa adorável! Não tem ideia da minha felicidade ao encontrar uma nota sobre o doce de lira em seu espaço Café Comverso! Muito obrigada pelo carinho e por tamanho prestígio! : )

Shintoni, obrigada pelo elogio e pela decisão de acompanhar minha produção poética!

Um beijão a todos!

Luciane Slomka disse...

Rê, não sei se o poeta sabe que é outro quando poeta ou se por achar que os outros lhe vêem outro assim também se percebe.

Somos tão bons fingi-dores que já não sabemos se somos nós quem as difarçamos ou se são elas que nos enganam, fingindo não serem nossas para nos atropelar quando menos pensamos.

O teu poema é simples e lindo, para um tema tão complexo.

E isso é poesia.

Beijos!

Kamala Aymara disse...

Adorei Renata!

"Do fato que vivencia ou da utopia que projeta?"

Ótima pergunta...

Estou te companhando agora, grnade abraço!

Fabrício de Queiroz disse...

Qualquer pergunta a mais caberia afinal, o poeta é uma figura completamente dispensável.

Ele somente é servo de seus versos e e faz servo os seus leitores e um acréscimo em nossas vidas.

Ao poeta não resta outra alternativa senão escrever, sejam perguntas sejam respostas às perguntas.


Agradecido pela visita,
Abraços;
Fabrício

Sabrina Davanzo disse...

Rê, você definiu mto bem os poetas. Para mim, ele é os dois lados que vc apresenta em todas as estrofes. (risos)

Beijos!

guru martins disse...

...he he he
simplesmente
muito bom...

bj

Renata de Aragão Lopes disse...

Verdade, Lu! Tema complexo. Obrigada por registrar aqui a sua opinião!

Kamala, bem-vinda à confeitaria! : )

Instigante o que você disse, Fabrício! Pensarei a respeito.

Gostei, Sabrina! Em outras palavras e recordando as de Cecília, o poeta é isto e aquilo! : )

Guru, obrigada pela risada e pelo elogio!

Beijo pra vocês!

Daniel disse...

Olá,

Muito obrigada pela visita no meu blog e espero que apareça mais vezes por lá.

Legal que fez Direito tb. Você atua na área? Eu atuo.

Olha, adorei a sua poesia sobre o que é um poeta. Perfeita! Achei muito boa. Virei mais vezes aqui tb. Bom resto de terça feira.
Beijo

Daniel Gralewski disse...

O poeta é feito pelas palavras que ele faz, e vice-versa!

Daufen Bach disse...

poeta é coisa estranha, nem sabe do que é feito mais acredita que existe e pobre de quem diz o contrário...rs.

linda semana!

Renata de Aragão Lopes disse...

Ei, Daniel - colega de profissão! Sim, também atuo na área. E espero que retorne ao doce de lira! : )

Daniel, muito obrigada por registrar seu ponto de vista!

Daufen, andava sumido! Que bom que apareceu e comentou vários poemas!

Um beijo, meninos!

Batom e poesias disse...

Me arrisco:

O poeta é feito de insubordinação.

É feito do fato mas de fato, sonha com o impossível, uma mistura sopro com vidro. Tem corpo mas a alma levita.

É fagulha e também é despiste...

O poeta existe, só não tem certeza...

Lindo, poeta!
Bjs
Rossana

Renata de Aragão Lopes disse...

Arriscou...
... e arriscou muito bem, Rossana!
Um beijo! : )

Moni Saraiva disse...

Pra mim, o poeta, embora próprio, intenso e vivo, nada mais é que o outro...
Desconheço poesia em que não haja uma 2ªpessoa, do plural!

Renata de Aragão Lopes disse...

Você disse tanto, Moni...
Isso daria até outro poema! : )
Um beijo, querida!

Anônimo disse...

nossa, que poema incrível!

cada estrofe é um pisar na ponta dos pés estrelas, será que o poeta acorda a noite? sempre me perguntei isso desde de pequeno, mas ainda não sei, mas esse seu poema me acordou por dentro :)

beijos,
Geraldo.

Renata de Aragão Lopes disse...

Geraldo de Barros,

que felicidade
saber que circulou
pela minha confeitaria!
Chegou a ler os poemas
publicados em setembro! : )

"Será que o poeta acorda a noite? "

Pois eu lhe devolvo a pergunta:
será que poeta dorme?

Um beijo
e muito obrigada pelo prestígio!

Rafaela Figueiredo disse...

o poeta segue acreditando que a escrita é a própria vida! e vice-versa...

beijos!

Ivan Bueno disse...

Delícia de ritmo, Renata. Delícia de poesia e cheia de boas afirmativas que questionam.
Parabéns!

Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com

L. Rafael Nolli disse...

Belo e preciso, Renata.
Abraços.

Ivan Bueno disse...

Renata, poeta.
Olha só que essa delícia de poema que você fez rendeu um "filhote" lá no Empirismo Vernacular com o título de Palavras.
Depois passe lá pra conferir.
Beijo grande,

Ivan Bueno
blog: Empirismo Vernacular
www.eng-ivanbueno.blogspot.com

Lou Vilela disse...

Desconfio que as possibilidades são infinitas. ;)

Beijo, caríssima! Saudade das 'marias'.