terça-feira, 13 de outubro de 2009

Segunda pele



Eu era menina
e o sol, mais ameno.
Ardia de piscina
e me curava no sereno.
Não havia protetor
ou o costume, pelo menos.
E o que então era indolor,
hoje noto ser veneno.

O homem tem tanto da cobra:
o chocalho, a presa, o bote.
Só não cobrou da natureza
trocar de pele como dote.


40 comentários:

Sil disse...

Curiei... o que é doce de lira???

bjs........

Caio Rudá de Oliveira disse...

Ótimo!

Aos poucos, vai se revelando uma poesia social por aqui.

Marcelo Mayer disse...

poesia de calçada!

Elaine Barnes disse...

Adorei!Nunca tinha pensado no homem como cobra. Enfim,Não trocam de pele ,mas, viram a casaca rs... bjs

Juliano disse...

Poesia social, concordo.

Beijoooos Renata e boa noite

Mahria disse...

Oh amores
Tão tristinha aqui... A conta do meu orkut foi rackeada e excluída e era a mesma q eu usava no meu blog, portanto estou sem acesso ao meu ele tbm. Não faço a menor idéia se consigo restaurar-la e como fazer isso. Ter q começar tudo de novo nao vai ser tarefa fácil, mas se for preciso farei isso pra não perder vocês...Vou ficar usando esse aqui q fiz qdo estava tentando aprender a criar meu blog.


Bjs
Mahria (Entretantas...Eu!)

Sonia Schmorantz disse...

Gostei!!!
beijos

Sueli Maia (Mai) disse...

Costumes.
O necessário e o supérfluo.
Uso popular e perenidade. Porque só quando o povo percebe daquilo que dói na pele é que então cuida de proteger?
Agora é correr e proteger as peles, as cobras com chocalhos, o planeta e dos animais as peles, as suas e a deles, nós animais...

Beijos e boa semana.

Adriana Godoy disse...

Renata, pior que o homem troca de pele sim! Só que por debaixo da pele ficam as marcas inclementes do sol...e elas aparecem quando menos se espera. Um assunto tão delicado e o seu poema um doce de sol. beijo.

Tiago Moralles disse...

Só não esquece que o veneno também é padrão hehe.

A Torre Mágica | Pedro Antônio de Oliveira disse...

Somos da mesma geração! Vivemos coisas semelhantes, sonhos, brincadeiras... Adorava fazer cabaninha! (rsrsrsrs)

Que delícia o seu blog! Me bateu uma enorme saudade do passado. A gente não deveria complicar tanto a vida com obrigações, problemas, responsabilidades... Ai, ai... Será que ainda tem jeito de mudar tudo isso?

Um beijãooo.

Pedro Antônio

Renata de Aragão Lopes disse...

Silvia, este foi o nome que criei para o meu espaço poético - por gostar tanto de doce, quanto de lira! Sugere uma expressão artística a partir de inspirações suaves, sutis. Sinta-se muito bem-vinda a esta confeitaria! : )

Que bom que gostou de "Segunda pele", Caio! É verdade: tenho escrito, recentemente, poemas com nítido conteúdo social. Algo um tanto novo pra mim...

Marcelo Mayer, gostei do "poesia de calçada"! : )

Elaine Barnes, o homem não troca de pele, mas é peçonhento, rasteja e engole sapo! (risos)

Juliano, agora eu lhe darei bom dia! Obrigada pela visita!

Mahria, lamento o ocorrido. Espero, sinceramente, que recupere a conta. Do contrário, olhe pra frente e crie, pra si, um espaço ainda mais lindo! : )

Sônia, grata pela visita e pelo comentário!

Mai, que fala mais oportuna! Parece que, realmente, só agimos quando dói em nossa pele...

Dri Godoy, nós descascamos e ficamos com a pele cada vez mais manchada e sensível. Obrigada pelo elogio tão lindo: "doce de sol"! : )

Tiago Moralles, você foi tão conciso... Confesso que interpretei seu comentário de variadas formas.

Pedro Antônio, fiquei muito feliz por haver se identificado com a minha poesia! Espero que retorne! "Será que ainda tem jeito de mudar tudo isso?" Não sei... Ando meio descrente. Resta-me, ao menos, a poesia. : )

Um grande abraço a todos vocês!

Anônimo disse...

Acredite no filtro solar...

;)

há palavra disse...

Renata,

pois é - durante a infância, nos abandonamos aos excessos de Apolo... Chega a maturidade e nos tornamos mais dionisíacos - será?

Abraços, tudibom nos caminhos!

Luciane Slomka disse...

Ai Re...adorei a imagem da gente poder ser como a cobra, e cada vez que não coubermos mais em nossa pele troca-la, mudar de casa, expandirmos. Mas também acho que não podemos deixar para trás as cicatrizes que vão ficando em nós, porque é só por causa delas que lembramos do que devemos aprender...

Quanto aos venenos que vemos soltos por aí, os bote, é parte da vida, mas bem que podia ser diferente, né?

O poema ficou lindo...

Beijos!

Moni Saraiva disse...

É a ordem desse tal "bicho racional" que vive o hoje desregrado e sequer leva em conta que não terá outra pele pra amanhã...

Linda crítica humana, Rê...
Arrasa sempre...

Beijos!

Lara Amaral disse...

No sentido literal, o poema se encaixou para mim, hehe... No figurado não, ainda bem, né?
Adoro tudo aqui. Bom demais de ler.
Beijos.

Anônimo disse...

Por um segundo achei que o texto terminaria de forma trágica. Como se a personagem hoje sofresse de alguma doença na pele devido o sol que tomara quando menina.

Mas, poema é escorregadio, e desliza como cobra.

Heloísa Sérvulo da Cunha disse...

Oi, Renata,
Vim agradecer sua visita ao meu blog de viagens, e conhecer o seu. Gostei muito. Poesias delicadas, e ilustrações ulta-interessantes. Os desenhos também são seus?
Convido-a para aparecer, também, no outro meu blog (ao qual me dedico mais), o "Blog da vovó ...mas não só".

Sandra disse...

Oiii, vim retribuir a visita, e adoreiiii seu blog menina...

bjs

nina rizzi disse...

rsrsrs..que fofo! e tem um ritmo bem gostoso :)

beijo.

Renata de Aragão Lopes disse...

Marjorie, eu acredito no fator 60! : )

Raul, você nos trouxe um comentário dos deuses! (risos) Obrigada pela presença sempre marcante no doce de lira!

Lu, que reflexão interessante! São as cicatrizes que nos trazem, realmente, as maiores lições de vida... Eu só queria que trocássemos de pele, como as cobras, para que pudéssemos aproveitar os dias de sol sem medo. Como será o verão dos nossos netos? : (

Moni, você disse muito bem: o homem "vive o hoje desregrado e sequer leva em conta que não terá outra pele pra amanhã". Arrasei? Que bom, querida! : )

Lara, gosto muito de cada visita sua! Você sempre deixa um comentário que me faz sorrir!

Felipe Carriço, ser trágica não é bem do meu feitio! (risos) Poema esgorregadio - gostei disso!

Heloísa, seja bem-vinda à confeitaria! Que bom que apreciou as poesias! As ilustrações não são minhas, mas escolhidas, com muito zelo, na internet. Saiba que visitarei, com imenso prazer, o "Blog da vovó... mas não só"! : )

Marcos Satoru, isso é que é trocar de pele! (risos)

Sandra, obrigada por haver retribuído a visita e se cadastrado seguidora! Aguardarei seu retorno.

Nina, foi muito bom saber que gostou do ritmo do poema! Eu temia uma quebra, em razão da mudança de enfoque entre as estrofes.

Beijos a todos!

.. disse...

Gosteeeeeeeeeeei !

bjs .

Mah disse...

Lindo
A criança e a pureza
O homem e a maldade
ter tanto "de cobra"
Lindo blog
adorei
seguindo...
www.purifikarte.blogspot.com

Anônimo disse...

re,tenho visitado seu blog mas não sei o que vou falar.Estou ficando asclerosada.

bjos tesoura

Renata de Aragão Lopes disse...

Medusa, seja bem-vinda ao doce de lira! Espero que retorne! Um abração!

Tesoura, basta que me deixe um beijo! Adoro saber que acompanha minha produção literária! : )

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

mais um digno daquele: uau!
rima boa; temática boa; poesia muito da boa!

beijo, Rê

Anônimo disse...

É verdade, Renata! Eu morava na praia, tomava banho de mar e ficava horas ao sol. É que naquela época não havia buraco na camada de ozônio, risos. Muito legal, me fez lembrar coisas boas!

Beijos mil

Cris Teles disse...

Oi Renata!
Tudo que escreve é doce e muito gostoso de ler!!
As imagens então...de um colorido que dá gosto ;)
Tudo perfeito!
Parabéns!!
Beijos!!

marinaCqm disse...

Gostei da comparação!
E, também, da poesia em si.

O modo como você se expressa
é leve... muito bom ler
e, por trás de tal linguagem
fácil e doce, descobrir algumas verdades.

Abraços!

nydia bonetti disse...

Ah... O sol era outro. E nós sob o sol, também éramos outros...

Muito bom, Renata. beijo

Anônimo disse...

OIE TUDO BEM? ADOREI, POESIA DOCE E SERENA. PARABÉNS, VC ESCREVE MUITO BEM. AQUARIANA QUE NEM EU E MINEIRINHA TB...

BEIJOS

BAR DO BARDO disse...

O homem tem muito da cobra, sim, mas... depende... Bom texto!

ASAS disse...

Me fez voltar na infância e lembrar das tantas queimadas na pele brincando no sol, lindo o poema... lindo seu blog, encantada com esse doce cantinho... bjus

Renata de Aragão Lopes disse...

Rafaela, obrigada pelo "uau"! : )

Ariadna, que bom que este poema lhe trouxe boas recordações...

Cris Teles, fiquei imensamente feliz com os elogios! Espero vê-la aqui novamente!

Marina Cavalcante, seja bem-vinda à confeitaria! Seu comentário me agradou muitíssimo!

Verdade, Nydia: além do sol, também nós éramos outros...

Pandora, companheira de signo e de Minas! Espero que retorne! : )

Depende, Bardo?

Triste Flor, gostei de saber do seu encanto!

Um abração a todos!

anjo só disse...

só dando uma passadinha, e já me metendo! eu não sou cobra( só destilo um veneno de vez em quando), mais meu couro da costas já largou uma vez . fui pra praia fiquei o dia todo sem filtro solar, não deu outra, não soltou inteiro como cobra, mais troquei por um novo ( risos )

abraços

Marcelo Novaes disse...

Renata,



Ah..., a boa inocência infantil...




:)







Beijos, amiga.









Marcelo.

Renata de Aragão Lopes disse...

Anjo, não abuse nunca mais! O filtro solar é imprescindível! : )

Marcelo Novaes, éramos felizes e sabíamos... (risos)

Um abraço a ambos!

e.deamici disse...

Nossa! Muito perfeito!
Amei!

Dalva M. Ferreira disse...

Ops! esse poeminha tinha me escapado, danado!!! Com sua licença, estou copiando e passando para uma outra ídola minha, a Christiana Nóvoa, do blog "Nóvoa em Folha". Como você, ela comanda as palavras, com maestria. Abração!